
- Isso é uma insanidade. Esse foi o argumento utilizado pelo prefeito de São Borja, Mariovane Weis, para justificar as acusações feitas contra ele pelo prefeito de São Luiz Gonzaga, Mário Meira. Em sua defesa disse não conhecer o teor da gravação entregue ao Ministério Público e considerou como uma loucura o que vem acontecendo.
Mariovane negou as acusações e afirmou que “o prefeito inventou, tirou da cabeça dele” as denúncias. “O promotor não deu guarida a essa informação até o presente momento, nem vai dar, porque não existe comprometimento meu em hipótese nenhuma nessa linha”, afirmou o Weis. “É uma acusação que não existe. É blefe.”
O ex-presidente da Famurs disse que irá processar o prefeito de São Luiz Gonzaga por difamação e deu sua versão para o encontro: “Tive uma reunião com ele e mais três pessoas na sala da presidência da Famurs, há cerca de 30 dias. Falei da posição da Famurs e coloquei a entidade à disposição do município”.
FAMURS
O escândalo ofuscou a despedida de Mariovane Weis da presidência da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Weiss teve de responder à acusação de que teria oferecido ao prefeito de São Luiz Gonzaga benefícios em troca do favorecimento à empresa para assumir a concessão de serviços de água e esgoto deste município.
DIÁLOGO
Na conversa, Mariovane teria oferecido dinheiro em troca de Meira favorecer uma empresa para a licitação dos serviços no município. O Ministério Público confirma a existência da gravação, mas não o conteúdo da conversa. A reportagem tentou entrar em contato com prefeito de São Luiz Gonzaga, mas não obteve retorno.
São Luiz Gonzaga é um dos municípios envolvidos na polêmica em torno da renovação dos contratos com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). O então prefeito do município, Vicente Diel (PSDB) - que teve o mandato suspenso após ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado por irregularidades em licitação no transporte escolar, em 2005 - encaminhou a privatização dos serviços. O Tribunal de Contas do Estado (TCE), no entanto, suspendeu a licitação, alegando a possibilidade de dano ao erário público.
Jornal do Comércio
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